O ato de peregrinar e a peregrinação
têm um passado bem remoto
quando se viajava
para visitar lugares sagrados!
O peregrino não caminha só por caminhar!
Ele caminha motivado por algo
dando ao peregrino
um sentido e um valor acrescentado
que só o próprio poderá encontrar em si!
No topo da vertente
sobranceira ao Mosteiro de Semide
encontra-se o Santuário do Senhor da Serra
palco de uma centenária
peregrinação
e um miradouro de excelência
de onde se avista todo o maciço
central
da Serra da Lousã à Serra da Estrela.
Este Santuário
erigido e devotado ao Santo Cristo
foi palco de uma
das maiores romarias do país
antes do
aparecimento do Santuário de Fátima.
A devoção começou
num cruzeiro de
caminho e … pouco a pouco …
transformou-se
numa grande romaria.
A torre ergue-se a meio da frontaria
rasgando-se na
base o portal
e rematando em pirâmide.
A capela-mor…
poligonal…
é de tipo
nitidamente romântico.
Edificado no local de
um antigo eremitério
já conhecido no
séc. XVII!
O atual
santuário é um
afamado local de peregrinação
cujo projeto se
deve a
António Augusto Gonçalves.
O nome de Senhor da Serra é sem dúvida
um batismo
perfeito para um lugar
caracterizado
pela sua origem religiosa
e a sua
situação geográfica no alto de uma serra.
Mas o Senhor da Serra não é só
um aglomerado
de culto religioso
porquanto ali o romper de um dia de verão
difere de
qualquer outro!
No fim do dia
em forma de
poema … assistimos
à perfeita harmonia da natureza
com o silêncio divino de um
pôr-de-sol magnífico
abençoado por uma brisa magnífica!
Peregrino, aonde vais, se não sabes por onde
ir?
Peregrino,
tens um caminho p’ra descobrir.
Se o deserto
do teu viver dificulta a decisão,
Quem te guia
e te encoraja na solidão?
É só Ele, o
meu Deus, que me dá força e luz:
É só Ele, o
meu Deus, que me conduz.
Peregrino, que vais andando sem um rumo no
caminhar,
Peregrino, qu’estás
cansado de tanto andar.
Tu que
sofres a dura sede quando é que descansarás?
Volta,
amigo, e vem de novo encontrar a paz.
Peregrino,
sem um porquê, peregrino, vivendo a dor,
Peregrino o
teu caminho não tem valor.
Qu’
encontraste na solidão qu’ilumina o teu caminhar?
Peregrino,
quem t’acompanha e te faz viver?
Gabarain
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