quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Olhares ... sobre o Senhor da Serra!

O ato de peregrinar e a peregrinação
têm um passado bem remoto
quando se viajava
para visitar lugares sagrados!

O peregrino não caminha só por caminhar!

Ele caminha motivado por algo
dando ao peregrino 
um sentido e um valor acrescentado
que só o próprio poderá encontrar em si!



No topo da vertente 
sobranceira ao Mosteiro de Semide
 encontra-se o Santuário do Senhor da Serra
 palco de uma centenária peregrinação
 e um miradouro de excelência
 de onde se avista todo o maciço central
 da Serra da Lousã à Serra da Estrela.


Este Santuário
 erigido e devotado ao Santo Cristo
 foi palco de uma das maiores romarias do país
 antes do aparecimento do Santuário de Fátima.


A devoção começou
 num cruzeiro de caminho e … pouco a pouco …
 transformou-se numa grande romaria.


A torre ergue-se a meio da frontaria
 rasgando-se na base o portal
e rematando em pirâmide.

 A capela-mor… poligonal…
 é de tipo nitidamente romântico. 


Edificado no local de
 um antigo eremitério
 já conhecido no séc. XVII!

 O atual santuário é um 
afamado local de peregrinação
 cujo projeto se deve a 
António Augusto Gonçalves.


O nome de Senhor da Serra é sem dúvida
 um batismo perfeito para um lugar
 caracterizado pela sua origem religiosa
 e a sua situação geográfica no alto de uma serra.


Mas o Senhor da Serra não é só
 um aglomerado de culto religioso
porquanto ali o romper de um dia de verão
 difere de qualquer outro!

No fim do dia
 em forma de poema … assistimos
à perfeita harmonia da natureza
com o silêncio divino de um
pôr-de-sol magnífico
abençoado por uma brisa magnífica!


Peregrino, aonde vais, se não sabes por onde ir?
Peregrino, tens um caminho p’ra descobrir.
Se o deserto do teu viver dificulta a decisão,
Quem te guia e te encoraja na solidão?

É só Ele, o meu Deus, que me dá força e luz:
É só Ele, o meu Deus, que me conduz.       

 Peregrino, que vais andando sem um rumo no caminhar,
Peregrino, qu’estás cansado de tanto andar.
Tu que sofres a dura sede quando é que descansarás?
Volta, amigo, e vem de novo encontrar a paz.

Peregrino, sem um porquê, peregrino, vivendo a dor,
Peregrino o teu caminho não tem valor.
Qu’ encontraste na solidão qu’ilumina o teu caminhar?
Peregrino, quem t’acompanha e te faz viver?

Gabarain

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