Segundo a Wikipédia:
Xisto (também conhecido
como shale em inglês)
é o nome genérico
é o nome genérico
de vários tipos de rochas
metamórficas
facilmente identificáveis
facilmente identificáveis
por serem fortemente
laminadas.
Em linguagem popular…em
Portugal
é também conhecida por "lousa"
é também conhecida por "lousa"
(e, por extensão,
designa-se como "terra lousinha"
aos solos com base xistosa).
aos solos com base xistosa).
Percorrer as aldeias portuguesas
...e sobretudo as de xisto...
é fazermos um regresso no tempo!
...e sobretudo as de xisto...
é fazermos um regresso no tempo!
Maravilhamo-nos com algumas
recuperações de casas e espaços
que iam perdendo a grandiosidade de outrora!
recuperações de casas e espaços
que iam perdendo a grandiosidade de outrora!
Num desses meus passeios...fiz alguns registos fotográficos:
António Duarte Gomes Leal...nascido em 1848
foi um poeta crítico e literário português!
foi um poeta crítico e literário português!
Este poema sobre aldeias portuguesas é um retrato da época:
Eu gosto das aldeias socegadas,
Com seu aspecto calmo e pastoril,
Erguidas nas collinas azuladas -
Mais frescas que as manhãs finas d'Abril.
Levanta a alma ás cousas visionarias
A doce paz das suas eminencias,
E apraz-nos, pelas ruas solitarias,
Ver crescer as inuteis florescencias.
Pelas tardes das eiras - como eu gosto
Sentir a sua vida activa e sã!
Vel-as na luz dolente do sol posto,
E nas suaves tintas da manhã!
As creanças do campo, ao amoroso
Calor do dia, folgam seminuas;
E exala-se um sabor mysterioso
D'a agreste solidão das suas ruas!
Alegram as paysagens as creanças,
Mais cheias de murmurios do que um ninho,
E elevam-nos ás cousas simples, mansas,
Ao fundo, as brancas velas d'um moinho.
Pelas noutes d'estio ouvem-se os rallos
Zunirem suas notas sibilantes,
E mistura-se o uivar dos cães distantes
Com o canto metallico dos gallos...
As Aldeias
Eu gosto das aldeias sossegadas,
Com seu aspeto calmo e pastoril,
Erguidas nas colinas azuladas,
Mais frescas que as manhãs
finas de Abril.
Pelas tardes das eiras, como eu
gosto
De sentir a sua vida ativa e sã!
Vê-las na luz dolente do
sol-posto,
E nas suaves tintas da manhã!...
As crianças
do campo, ao amoroso
Calor do dia, folgam seminuas
E exala-se um sabor misterioso
Da agreste solidão
das suas ruas.
Alegram as paisagens as crianças
Mais cheias de murmúrios de que
um ninho;
E elevam-nos às coisas simples,
mansas,
Ao fundo, as brancas velas dum
moinho.
Pelas noites de Estio, ouvem-se
os ralos
zunirem suas notas sibilantes...
E mistura-se o uivar dos cães
distantes
Com o cântico metálico dos galos.
in 'Claridades do Sul'
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